sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Após novo levantamento, dívida da prefeitura de Taboão chega a R$ 200 milhões



Um novo levantamento feito pela secretaria de finanças aponta que a dívida deixada pelo ex-prefeito Evilásio Farias chega a R$ 200 milhões. Os números foram passados para o prefeito Fernando Fernandes nesta quinta-feira, dia 10. Segundo informações, a prefeitura de Taboão da Serra teria deixado de repassar também cerca de R$ 700 mil referentes ao PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor).
Antes de assumir a prefeitura de Taboão da Serra, Fernandes calculava a dívida deixada pelo seu antecessor era de R$ 190 milhões. “Conforme vamos mexendo descobrimos dívidas que foram deixadas para trás, a situação da prefeitura é delicadíssima”, alertou Fernandes. O orçamento para 2013 é de R$ 650 milhões, a dívida chega a quase um terço da receita da cidade.

Segundo a assessoria de imprensa, pelo menos duas dívidas foram contraídas de forma ilegal e ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois foram feitas sem o devido empenho. Este é o caso da Iacta Saúde e do Planeta Educação, responsável por fornecer sistema gerencial, formação de professores. Ambas as dívidas totalizam mais de R$ 18 milhões, sendo R$ 11.420.000 apenas da Iacta Saúde.







Outra dívida que chama a atenção são as exonerações que foram feitas dos livres nomeados. A conta chega a R$ 3 milhões e não existe previsão de pagamento. “A prefeitura não em como pagar essa dívida, os funcionários que foram exonerados vão ter que esperar ou procurar a justiça, não existe previsão de pagamento”, disse um assessor que pediu que seu nome fosse mantido em sigilo.

As únicas exonerações que foram pagas pelo ex-prefeito Evilásio Farias foram dos 33 ex-funcionários demitidos no dia 23 de dezembro. A lista dos beneficiados incluía assessores mais próximos e os ex-secretários. Todos os outros funcionários demitidos não receberam os seus direitos, principalmente férias vencidas.

Fernandes já disse que irá decretar moratória e conversar com as empresas que têm contratos com a prefeitura. “Nossa proposta é pagar essas empresas em dia a partir de janeiro, por isso a gente acredita que não ocorra nenhuma paralisação. E vamos negociar a dívida para trás, vamos pedir desconto e prazo para acertar o que vai ficar de dívida”, disse.

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