terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Hospital Geral de Itapecerica obriga família de senhora a assinar termo de alta

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Familiares de uma senhora de 75 anos estão em um grande impasse desde a noite da última segunda-feira (21). A senhora está em coma induzido após dois Acidentes Vascular Cerebral (AVC) e internada no Hospital Geral de Itapecerica da Serra há mais de quatro meses, ela ainda sofre com uma bactéria contraída no próprio hospital, há aproximado 25 dias e come por meio de sonda, apesar disso, médicos dizem que ela está apta a receber alta e obrigam a filha dela a assinar um termo de alta.

De acordo com eles, caso o termo não seja assinado, o Hospital vai alegar abandono de incapaz e acionar o Estado para as devidas precauções. “Os médicos dizem que minha vó já está quase morrendo e agora só resta aguardar a morte dela, não no Hospital, mas sim em casa, porque eles precisam liberar o leito para outros pacientes”, afirma a neta da senhora.

A família contou ainda que a senhora, às 23h30, estava mais de 24 horas sem alimentação. “Ela está com mais três em seu quarto, as outras receberam comida, menos ela”, afirmaram. Segundo os familiares, o hospital além de obrigar a assinatura do termo, nem ao menos oferece uma ambulância para transportar a senhora, que precisa ser levada em carro próprio da família.

A família da senhora alega que não tem condições de cuidar dela em casa pela dificuldade de alimentá-la, carregá-la devido ao seu peso e até chegar próximo a ela, por causa da bactéria que não permite que ninguém chegue próximo a ela, sem o uso de máscaras, avental (jaleco) e luvas. “Não podemos ter contato com fezes, secreção e sangue”, contaram.

Além de todas essas complicações de saúde, a senhora ainda sofre de diabetes e pressão alta. Familiares dela contaram a reportagem que devido ao estado de saúde da senhora e os cuidados que ela precisa ter, a casa da filha dela já está toda equipada com cama, aparelhos de aspiração, pressão, fraldas, entre outros. Para ser cuidada em casa, a família precisa adquirir também balões de oxigênio, mas eles não têm condições, devido ao alto custo.

Familiares da senhora foram, na noite da última segunda-feira (21) até a Delegacia central da cidade registrar a ocorrência de Preservação de Direito. Agora eles já pensam em acionar até mesmo a justiça para que o Hospital Geral garanta o leito para a senhora e não mais obriguem a família a assinar um termo de alta.

Em contato com o Hospital, na manhã desta terça-feira, a reportagem foi informada que a senhora continua internada na Observação Adulto, agora em relação a permanência dela no hospital, não tivemos maiores informações.

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