sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Vereadores não entram em acordo e nenhum projeto é aprovado



Em mais uma sessão longa na Câmara dos Vereadores de Taboão da Serra, que durou mais de nove horas, nesta quarta-feira, dia 9, os parlamentares não conseguiram votar os projetos em regime de urgência enviados pelo executivo.

O projeto de lei complementar 003/2013, que prevê uma gratificação aos médicos causou muita discussão entre oposição e situação. A posição alegou que o projeto é discriminatório, uma vez que excluiu os demais funcionários da saúde, como, auxiliares e técnicos de enfermagem e enfermeiros como prevê a lei atual.

“Gostaríamos de dar hoje uma boa notícia, aumento para todo o funcionalismo, mas não, esse governo quer dar aumento só para médico. Ele é médico. Ele não dá aumento para outras categorias. Não somos [oposição] contra o aumento dos médicos, mas queremos para as demais [categorias] também”, disse o vereador Professor Moreira.

Já a situação, defendeu que a lei não discrimina apenas esta tentando corrigir, em regime de urgência, a defasagem de médicos na cidade. Para eles, esse aumento funcionará como um incentivo que irá atrair profissionais para a cidade.

“Estarei na luta pela categoria. Esse momento é dos médicos, é necessário esse aumento para que tenhamos médicos salvando vidas”, declarou a Vereadora Joice Silva.

O Vereador André Egydio disse que a cidade precisa de médicos. “Nesse momento o que a cidade precisa é de médico”. “Não temos médico hoje, porque o salário não é atrativo”, falou o Vereador Porta.

O projeto entrou em discussão, cada vereador pode utilizar a tribuna por 30 minutos. O Vereador Luiz Lune declarou que colocaria seu mandato à prova, se apenas com a aprovação do projeto, a saúde do município melhorar.

“Esse discurso é muito simplista, posso até colocar meu cargo à prova, eu saio e vou embora. Vocês acham que a saúde vai melhorar porque vamos dar aumento aos médicos? Eu tenho certeza que não vai melhorar, o problema não é o salário, é a administrativo”, declarou.

A Vereadora Joice pediu vistas. O projeto será votado na próxima segunda-feira, dia 14, às 14h30, em mais uma sessão extraordinária.
O presidente da Casa, Eduardo Nóbrega, se manifestou contra o aumento. Essa é uma reivindicação justa, que deve contar com o apoio de toda a população. Os 13 vereadores concordam que esse aumento foi abusivo. Somos contra esse aumento”, declarou.

O estudante Felipe Silva utilizou a tribuna e entregou uma carta aberta ao Presidente Eduardo Nóbrega. “Queremos entender o porquê desse aumento. Se continuar dessa forma, logo estaremos pagando o que se paga para andar de taxi, 10% supera a inflação do ano”, falou Phelipe Silva Lima.

O Vereador Marco Porta declarou que de acordo com o contrato entre a Prefeitura e a empresa Pirajuçara, não permite dois aumentos no mesmo ano. “Não pode ter dois aumentos de tarifa no mesmo ano, houve um em 1º de janeiro e outro dia 23 de dezembro de 2012”, disse. Os 11 vereadores presentes se manifestaram a favor do movimento.

Porta também afirmou que a planilha com os custos, que justificariam o aumento da tarifa, não foi localizada na secretária de Transporte e Mobilidade Urbana. “O atual secretário revirou todas as salas e não encontrou nada. Pode ser que alguém tenha levado embora por acaso. Por isso o prefeito Fernando Fernandes irá pedir uma cópia da planilha para a Pirajuçara”.

Ainda na tarde de quarta-feira, o movimento protocolou um documento com as reivindicações na Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Uma reunião foi agenda para o próximo dia 22, ás 10h, com o Secretário de Transporte Rinaldo Tacolla Filho.

As principais reivindicações do Movimento são para a revogação da tarifa; acompanhar, juntamente com os técnicos da prefeitura, o estudo das planilhas de custos da empresa Pirajuçara; a quebra de contrato com a empresa e a volta do transporte alternativo.

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