A saúde de Taboão da Serra vive uma crise singular que se agrava
aos finais de semana. No Pronto-Socorro do Antena quase 300 pessoas
esperaram até oito horas por atendimento neste sábado, 2. No período da
manhã somente uma médica atendia aos moradores. O corredor localizado em
frente aos consultórios fechados permaneceu lotado durante todo o dia. A
situação caótica se repetiu no domingo 3, evidenciando o drama
enfrentado pela saúde municipal. Os pacientes afirmam que a situação no
Antena vem piorando gradativamente após setembro de 2012. A indefinição
em torno da saída da IACTA Saúde, que administra o Antena, só piora o
quadro formado pela superlotação, ausência de médicos, servidores com
vencimentos em atraso e até falta de insumos para atender aos pacientes.
O prefeito Fernando Fernandes disse que vai rescindir de forma amigável o contrato da IACTA. Ele mantém conversa com a SPDM para assumir a gestão do Antena. Desde o período da campanha o prefeito fazia duras críticas à gestão da IACTA no município.
O prefeito Fernando Fernandes disse que vai rescindir de forma amigável o contrato da IACTA. Ele mantém conversa com a SPDM para assumir a gestão do Antena. Desde o período da campanha o prefeito fazia duras críticas à gestão da IACTA no município.
“Cheguei sete horas da noite passando mal. Fui embora duas horas
da manhã e voltei cedo mais até agora nada”, relatou uma paciente do
Leme. “Pior que não tem médico nos postos de saúde”, completou outra
paciente.
Durante todo o final de semana a demora no atendimento fez com
que algumas pessoas desistissem de esperar. Sem alternativa, as que
estavam em estado mais grave enfrentavam a longa espera. A reclamação
unânime era a pouca quantidade de médicos. No sábado, uma paciente saiu
em defesa da médica que estava atendendo, quando um rapaz reclamou do
fato dela ter dado preferência a uma idosa em detrimento do jovem. Por
pouco não houve confusão.
“Se fosse a mãe dele não ia achar ruim. A médica fez o que era
certo. A senhora tinha prioridade e estava mal. Essa médica está
atendendo todas essas pessoas sozinhas. Não vi ela parar nessas horas
que estou aqui”, disse uma moradora do Pirajuçara.
Quem utiliza o Antena reclama que o local dispõe de mais
seguranças do que médicos para atender a população. O quadro caótico no
atendimento parece não ter data para ser solucionado. Mas, também é fato
que o pronto-socorro acaba sendo porta de entrada para todos os tipos
de atendimento. Neste final de semana a reportagem encontrou vários pacientes que deveriam estar sendo atendidos em
Unidades Básicas de Saúde. A maioria usa o Antena sob o argumento de que
não há médicos nas UBSs ou postos de saúde. Havia ainda moradores de
Embu das Artes que estavam no pronto socorro para fazer raios X.
“Moro no Vazame e venho pra cá toda semana fazer raio X na perna”, disse.
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