quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ciclovia de Taboão foi desativada porque era pouco utilizada, afirma secretário


secretario

Foi mesmo desativada a ciclovia que liga o bairro Intercap até a Avenida Pirajussura, divisa com a cidade de São Paulo em Taboão da Serra. Nos próximos dias até as faixas serão apagadas dando mais espaço aos veículos e a uma possível duplicação da Avenida Armando Andrade entre o Pronto Socorro Akira Tada e a Delegacia central. A sinalização da ciclovia já foi retirada do local.

A medida foi justificada pelo secretário de transportes e mobilidade urbana, Rinaldo Tacola Filho em coletiva à imprensa regional na tarde desta segunda-feira (25), no prédio da secretaria. Ele afirmou que a ciclovia era pouco utilizada, não garantia a segurança aos pedestres que tinham que disputar espaço com os ciclistas, uma vez que parte da ciclovia estava em cima da calçada e ainda que precisa de mais espaços para a circulação de veículos.

Rinaldo não descartou a possibilidade de uma ciclovia aos finais de semana com sinalização, cones e agentes de trânsito. Além disso, apontou a necessidade de mais áreas de lazer no município e afirmou que o valor gasto na ciclovia R$ 600 mil, 80% do Governo Federal foi mal aplicado. “Se mantivéssemos a ciclovia gastaríamos quase o mesmo valor para fazer a manutenção”, disse.

“Não há carência de andar de bicicleta e sim de mais área de lazer, por exemplo. Temos que ver quais são os interesses da população. É um desafio ter que administrar a questão financeira”, disse.

A medida dividiu opiniões dos moradores da cidade. Muitos deles acreditam ser um retrocesso, uma vez que a implantação da ciclovia em Taboão faz parte do plano diretor do município e até uma manifestação contra a medida foi feita por parte deles, na Eliseu de Almeida, no último sábado.

Trânsito

Durante a coletiva Tacola afirmou que o trânsito na cidade se dá devido aos congestionamentos da Eliseu de Almeida e Francisco Morato, ocasionando um reflexo de São Paulo. Ele falou também sobre um estudo da municipalização da Rodovia Régis Bittencourt e um projeto de Marginal ligando o centro da cidade até o retorno do Parque Pinheiros.

“Não existe situação milagrosa para Taboão, não existem espaços, mais ruas, canteiros. Temos que pensar em alguma solução”, disse.

Mortes no trânsito

O secretário também apontou que 29 pessoas vítimas de acidentes de trânsito morreram ainda sem atendimento na cidade no ano passado. Destas oito foram na Estrada Kizaemon Takeuti. 

Tacola detalhou que 30% das mortes foram ocasionadas por atropelamentos. “As demais mortes foram por acidentes de motos e veículos”, afirmou.

Zona Azul

O secretário também afirmou que a Zona Azul no município está com os dias contados. Tacola disse que não é questão somente de possíveis irregularidades, mas também o impedimento de uma rotatividade de vagas, principal característica da implantação de uma Zona Azul.

Ele não descartou que no futuro uma nova Zona Azul seja implantada na cidade, mas não detalhou como o sistema funcionará. “Algumas regiões tinham a necessidade da Zona Azul, mas muitos moradores tinham dificuldade para estacionar em frente suas residências”, afirmou.

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